A ganza.
P* ta da minha sorte por gostar de um ganzado.
Vou direta para o inferno depois de escrever isto.
Mas...
Já não sei que faça.
Aliás, a vida é tua e fazes o que bem entenderes.
Mas...
De cada vez que olho pra ti , de charro na mão e a sorrir feito tolinho, o pensamento é sempre o mesmo:
-Que desperdício.
De inteligência, beleza e charme.
-Que pena.
Se a tua ideia de vida é ser um ganzado ad eternum, então não te mostres.
Não demonstres o teu raciocínio rápido, a tua astúcia. A tua avidez por sabedoria, por coisas novas.
É delicioso ver-te viver.
Ser tu, o tipo que deambula pelas salas com uma leveza extraordinária, culto e extrovertido, vivido mas que nunca perdeu a humildade.
E a tua gargalhada...
Estar na tua companhia sem uma ganza na mão é animação certa.
Partilhar pontos de vista já é mais arriscado, dado a facilidade com que me desarmas, dada a minha timidez...
Depois há a ganza, os teus amigos da ganza, perderes a noção com a ganza, fazeres figuras graças a ganza..
Constantemente.
À medida que te fui conhecendo, fui descobrindo o teu potencial, coisas que onde irias dar cartas, de certeza.
Comércio de ganza não é uma delas, acredita.
O anonimato nestas bandas permite descarregar a fúria, muito embora te tenha aprendido a respeitar e a aceitar, tal e qual como és.
Mas...
Caramba, eu gosto de ti, gosto de ti mesmo ganzado, e queria ver-te bem.
Quero-te bem.
Abre os olhos, levanta a cabeça. Olha o que estás a perder. Recupera a respeitabilidade.
Meu amor, por favor.
Eu tenho estado aqui, e vou continuar aqui.
Mas...
p.s: este texto é meramente pessoal, portanto, não tenho nada contra a ganza em geral.