A essência
Poder respirar.
Poder escrever o que me dá na gana.
Poder ser eu nas palavras, sem filtros.
Poder ser o que eu quiser.
Liberdade acima de tudo.
Nas palavras liberto-me, mas é no campo que me sinto realmente livre .
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Poder respirar.
Poder escrever o que me dá na gana.
Poder ser eu nas palavras, sem filtros.
Poder ser o que eu quiser.
Liberdade acima de tudo.
Nas palavras liberto-me, mas é no campo que me sinto realmente livre .
Domingo pelo meio da manhã.
Sentei-me no vão de escada, à espera, com o ouvido à escuta, o coração a mil. Tive tanto medo naquele momento.
É humano estar sempre à espera do pior , em sobressalto.
Quando por fim, saiu, respirei de alívio. Dei por mim com um sorriso tamanho, o coração em euforia, mesmo não tendo as skills de cabeleireira que tanto jeito tinham dado ali. Nunca a frase "corações ao alto " me fez tanto sentido.
Fui assaltada por um amor maior, ternura permanente que me faz apegar a pessoas quando menos espero.
Tem sabido bem ter companhia, para variar.
Desde que me lembro de ser gente, que me lembro de me sentir triste.
Um estado melancólico quase permanente, pesado, que me levou a procurar fuga da realidade. Ou reconforto.
Foi então que surgiu a minha compulsão pelo açúcar. Sempre que me sentia triste, ou zangada, ou simplesmente sem ânimo, umas colheradas de açúcar amarelo e ficava tudo bem.
Com o tempo o açúcar já não chegava e então basicamente eu era um sorvedor de comida.
As voltas da vida levaram a que tivesse acompanhamento psicológico em alguns momentos da adolescência.
Para boa parte das pessoas a minha volta eu era ( e ainda há quem ache) doida. Maluca mesmo.
Já tive ideias suicidas. Já fui completamente abaixo. Já me apontaram vezes sem conta o dedo.
E o mais assustador é saber que pessoas como eu acabam mesmo por se suicidar. Percebi isso pela leitura de cartas de despedida.
Mas eu até gosto de viver.
O problema é este fardo permanente.
Resolvi falar disto como um alerta, para se estar atento a quem está a nossa volta. Nem sempre o aparentemente bem é assim na realidade.
E sobretudo, parar de apontar o dedo.
Só quem está na situação é que sabe o quão doloroso pode ser.
De regresso.
E daqui por diante, com a ligação mais ou menos retomada com os meus pais, o desafio vai ser até que ponto saberei dizer que não.
Tem-me sabido tão bem a minha liberdade...
Bom dia :)
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