São as alergias, o cansaço e agora o medo que isto tudo seja a tiróide e ai jesus que eu ainda não quero ir...!
É a carência, umas vontades do caraças e gajos bons é o caraças....
É o corpo, ora me agrada ora me chateio, intercalo a sensualidade entre a Sophia Loren e a Popota....
São os nervos, o exame que está quase, a ansiedade que anda pior do que nunca, sou eu que me sinto pior que nunca...
Tenho a casa um brinco mas nem sempre sabe bem a solidão, tenho uma casa só para mim mas que me parece vazia e fria ás vezes, adoro a minha liberdade mas também gostava que a vida me prendesse em alguém ou algum lugar...
Duas linhas de fogo, mais a que não se vislumbrava do lado de cá, por sinal, a maior.
Toda a gente em pânico.
Toda a gente perdeu haveres para o fogo.
O ar era irrespirável, logo pela manhã. Em conjunto com o calor, tornava o trabalho quase um sacrifício.
Não se via mais do que 200 metros a nossa frente. Vários reacendimentos.
Não sei o porquê, sei que raro é o ano em que uma das fragadas que delimitam o vale, arde. E lá volta a repetir-se o tormento e sobretudo, lá volta o luto a paisagem.
Gostava de perguntar a quem ateia fogos, o porquê.
Não entendo.
Trabalhar na natureza tem-me feito entendê-la, e cada vez mais, respeitá-la.
Há dias em que o sossego de ter uma casa só para mim é relaxante e me sabe bem.
Depois há os outros, em que o silêncio se torna excessivamente pesado, em que falta a companhia nem que seja para dar um animozinho as arrumações.
O gás pifou e o arroz ficou uma porcaria.
A rinite é uma treta e acompanhada de febre, pior.
No andar de baixo o senhor acordou inspirado, pegou no barbequim e toca a fazer um estardalhaço na parede e toca a acordar malta que dormir é para os calaceiros!
(Filho da p....!)
É sábado, nem tudo é perfeito, mas pronto.
Amanhã vou pegar ao aspirador ás 5 da manhã e já ficamos quites.