A realidade
Meia-noite.
Eu e a cama, e o desejo de ti..
E a vergonha de o sentir, o corpo a pedir..
Devo?
O humedecimento da calcinha encoraja, mas o pudor..
Estou só, e custa tanto esta solidão..
Fecho os olhos e deixo a mão deslizar.
Movimentos lentos, circulares e daí a nada o clítoris fica no ponto..
A outra mão percorre os seios, brinca com os mamilos..
Desconhecia a suavidade da minha própria pele.
O charco virou lago....estava eu com vergonha de quê?
É o meu corpo, as minhas curvas, o meu desejo e mais do que isso, a minha satisfação.
Deixo escapar uns gemidos baixinhos, a sensação é de outro mundo, perdida de desejo e ensopada em suor e não só, isto é tão bom..
Atinjo o clímax.
Recupero o fôlego, descanso por momentos...
Banho morno na pele em brasa, para revigorar...
Sento-me á janela, meio despida, meio coberta com a toalha.
Olho feito marota para quem passa..
Mal eles sabem o que andam a perder.